#Rascunho • Lembrar da nossa pequeneza no mundo pode ser um alívio.
Tem dias que eu sou descompasso: entre o querer e o fazer, perco o ritmo.
Como você abraça a sua insignificância? Aqueles dias em que o cansaço aparece em meio ao seu personagem que tenta dar conta de tudo?
Tem dias que eu sou descompasso: entre o querer e o fazer, perco o ritmo.
Ultimamente eu venho me sentindo muito cansada por mil problemas — a maioria deles, novos. E percebi que falar sobre cansaço, mais precisamente sobre descanso, é ter a consciência de que, às vezes, é necessário se reconhecer e recolher na própria insignificância.
Ao se sentir “um bosta”, talvez o certo seja se sentir.
Não só na insignificância de não agradar ao outro — sim, essa também é importante —, mas também na insignificância de não fazer nada e pensar no descanso como um momento necessário. De não se forçar a resolver tudo agora.
Desejamos ter a solução de todos os problemas e esquecemos que essa busca desenfreada fica a beira do impossível. Cansa.
Pode ser difícil de aceitar o fato, mas acho que deveríamos reforçar, principalmente em momentos assim, a ideia de que somos pequenos. Não irrelevantes… só pequenos no sentido de não precisar dar conta com urgência; de não se sobrecarregar — não sobre desistir. É mais como uma pausa para ver onde você tem excedido o seu próprio limite…